Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Os cãezinhos tão queridos que são.
Os cãezinhos urbanos ainda são mais queridos.
Ladram o dia inteiro nas varandas (quando as há).
Ladram o dia inteiro, entre quatro paredes, quando não há varandas.
Os cãezinhos urbanos (tão queridos) são o inferno dos vizinhos.
São, também, o inferno de todos os que saiem à rua.
O cocó no sapato, com destreza e atenção, conseguimos evitar.
O cocó, do cãozinho urbano, tão querido, na roda do carrinho de bebé é impossível de evitar.
Comecei com um carrinho xpto com seis rodas e amortecedores (tive de tirar um rim para o pagar, pelos filhos fazemos tudo) eram muitas rodas para limpar, passei para um carrinho de quatro rodas, depois de três.
Actualmente se virem alguém a passear um bebé nas ruas de Lisboa com carrinho de mão das obras, sou eu.
Menos é mais.
Só uma roda para limpar, qualidade de vida a dobrar.
(fica a dica para futuros país urbanos, com mais ou menos mantas, o carrinho das obras é fresco no Verão e quentinho no Inverno, esqueçam os carros de 100 ou de 2000 euros, 40 euros e têm um carro até aos seis anos, só com uma roda para limpar dos cocós caninos, parece impossível mas é verdade)
Socorro-me de dois dicionários um de 1968 e outro de 1999 para dizer o óbvio.
A palavra "espoletar" já constava do dicionário em 1968 ("despoletar", não).
No dicionário de 1999 constam as duas, é só ler para saber o que significam.
Olho está imagem e penso em todos os perigos que tiveram de enfrentar.
As marés vivas, os ventos contrários, curvas perigosas.
Olho para o padrão dos descobrimentos e penso que a vida de marinheiro não deve ser fácil.
A vacina protege.
Duas doses de vacina é uma maravilha, quanto muito uns sintomas leves.
Valentina, 18 anos de idade, foi vacinada, duas vezes.
Morreu com covid-19.
Alguém explique aos pais de Valentina que é fantástico vacinar crianças a partir dos cinco anos, pré-adolescentes, adolescentes e jovens adultos; quantas pessoas nestas circunstâncias, não vacinadas, morreram de covid-19 em todo o mundo? Quantos morreram por outros motivos?
Valentina, uma dose, depois outra, tinha 18 anos, está morta que descanse em paz, que os pais consigam ultrapassar a dor que sentem, que consigam viver com as escolhas erradas que todos nós fazemos.
... caça com gato.
Todos pensamos que a expressão popular é assim, não é.
Aquilo que o povo dizia na sua infinita sabedoria era:
"Quem não tem cão, caça à gato".
Quem já observou um gato a sério, dos que vivem em liberdade, sem coleira com sininhos, sem "chip", sem comer whiskas, sem partes do corpo amputadas, sabe que os gatos a sério caçam sós.
O gato da imagem faz parte duma ninhada de três, um desapareceu muito pequeno, a este e ao irmão vejo-os com alguma frequência, juntam-se para mamar, mas quando caçam é cada um por si.
É interessante ver a satisfação com que vão devorando as pequenas presas, é a natureza, o ambiente a funcionar.
Tenho um amigo, ex-camarada de trabalho, cuja casa tem esta vista.
Linda vista, lindo pôr-do-sol, dir-me-ão.
Peço-lhes que imaginem a mesma vista mas sem os dois "lindos" edifícios da fundação Champalimaud que, infelizmente, não conseguiram arranjar nenhum outro terreno para construir a casa, as casas, na área metropolitana de Lisboa.
O único sítio que arranjaram foi ali, salvo melhor opinião, um local onde é mais do que proibida a construção.
O meu amigo, em tempos, tinha uma linda vista para o Bugio, para a barra do Tejo, deliciava-se a ver os veleiros que entravam em Lisboa, agora vê os edifícios da Champalimaud e sonha (foi ele que me disse) que o aquecimento global e a subida das águas e não sei quê seja mesmo verdade.
Que a dita fundação para o "unknown' seja a primeira a trabalhar de uma forma até agora desconhecida, a fazer pesquisa debaixo de água.
Água mais ou menos salgada, conforme as marés.
- Papá, a ba é o meó cá? (tradução: papá, o futebol é o melhor que existe?)
- Depende, filho, se cresceres e fores como o Messi, o Cristiano Ronaldo, o Guardiola ou o Rúben Amorim, sim.
- (acena com a cabeça para cima e para baixo)
- Sim, se fores como os que o papá disse. Para seres um Nélson Oliveira, um Mourinho ou um Jesus mais vale estudares, filho.
Às vezes estamos tão envolvidos com o que está perto, com o pauzinho que está no chão, com o insecto que passa, com as formigas que não refilam, vão em fila, esquecemos que acima pode haver um céu azul e uma bebedeira de verde.
Às vezes estamos tão enrolados no dia à dia, esquecemos que "amanhã" pode ser outro dia.
Comecei a minha vida profissional cedo.
Após a adesão à, então, Comunidade Económica Europeia, num programa denominado Ocupação Temporária de Jovens (OTJ) apesar disso completei o 12° ano sem chumbos, hoje chamam-se, pomposamente, retenções.
"Levantamento social e económico do concelho de Constância"
Um trabalho de grupo com muitas vertentes que muito novo me permitiu tomar contacto com uma realidade insuspeita, com a "miséria" que na altura existia num concelho do interior mas a pouco mais de uma hora, de carro, de Lisboa (na altura estaria a cerca de duas horas e meia rodoviárias e a cerca de hora e meia por ferrovia, entre estações de comboio) um concelho onde não existia saneamento básico, muitas casas continuavam a ter uma barraca no fundo do quintal onde se faziam as "necessidades".
Uma viagem ao meu passado, comum a tantos da minha geração, que de alguma forma me ajudará a estruturar o futuro.