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encruzilhamento

encruzilhada, alheamento, espaço, tempo, momento

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01
Jan25

Outro ano, outro preço

Pedro Oliveira

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Lembram-se:

Pastéis de Belém, 2024?

Mais um ano, preços diferentes.

Como o preço dos pastéis estava baixo, decidiram subir um pouco,

Um pouco é como quem diz, foi mais uma destas:

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Outra destas:

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E uma viagem até ao Brasil:

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Mais três notas em relação ao ano passado, espero não ter que vender um rim em 2026 para pagar os pastéis de Belém .

Bom ano para todas as pessoas não sedentárias, horárias, binárias ou lá o que é e para todos os homens, mulheres e crianças, também.

09
Ago24

Vaga, mundo e murros na alma

Pedro Oliveira

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O vagabundo, um vagabundo pode provocar, agitação, onda, vaga, nesse caso seria mais apropriado chamar-lhe: "vagamundo".

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Este é um livro de crónicas ou pequenos contos se preferirmos. Foram publicadas no jornal República em 1967 e 1968, embora só tenham sido reunidas em livro em 2001.

Manuel da Fonseca foi um "faz-tudo", estudante, escritor, desde muito cedo publicou em jornais a "um conto por conto", alentejano e citadino, homem da cultura, frequentou a Escola de Belas Artes e desportista, foi campeão de boxe.

Palavras como socos:

"Matar o tempo. E matá-lo bem morto. Não pensar. Não sentir. Matar a manhã. sair à pressa. Almoçar apressado. Dois dedos de conversa sobre o futebol."

Palavras que parecem poesia, são poesia:

"Há um momento em que o silêncio se adensa como se a cidade tivesse emudecido para sempre, no espanto e na solidão. O tempo pára misterioso e antigo, num sobrenadar de vagas, o mesmo profundo silêncio, a mesma esvaziada solidão. Séculos ou um instante apenas?"

Um bom livro lê-se num instante apenas e a memória dele perdura séculos.

07
Jun24

José da Xã, escrever é uma doença incurável

Pedro Oliveira

Quando recebemos um livro de borla, enviado pelo autor, com uma simpática dedicatória de amizade, conseguiremos fazer uma crítica isenta à obra?

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O livro é um grande livro, não em tamanho, no conteúdo. Como objecto é bonito, está de parabéns a Olga Cardoso Pinto pelas ilustrações e prático, é fácil de transportar e de ler um conto ou dois enquanto se espera pelo autocarro ou pela conta do restaurante.

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Ao lermos este livro que mistura histórias verídicas, com episódios auto-biográficos, com experiência de vida, enfim são fragmentos de vida, de vidas, dizia, ao lermos este livro sentimos que estamos lá, eu tive a sensação de estar sentado numa esplanada com o Zé da Xã e com o Ivo.

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"Então Ivo, mataste-a?"

"Ela é que pediu para ser morta. Viste como aquela desmazelada me tratou, Pedro? Eu toda a vida fui um homem de trabalho, não merecia aquilo, queria amigar-se, tudo bem, eu não fui atrás dela, ela é que me veio provocar. Não me importava de ser corno mas corno manso à frente de todos, não".

"Foi melhor assim?" perguntou o José da Xã 

"Olha, olha, José, não foste tu que escreveste a história? Se o Ivo foi preso a culpa é tua, a caçadeira era velha podia encravar" disse eu.

O Ivo disse, novamente: "Nada vale a morte de outra pessoa".

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Bebi copos de vinho, comi chouriço assado, pão e azeitonas na taberna do ti' Acácio e em todas as outras que aparecem no livro, sorri e desculpei as poucas gralhas, fui apanhado de surpresa muitas vezes, fiquei triste com a doença da Gracinda, fiquei indignado com a doença do cego, viajei de avião com o Gui e com o Joy, enfim, vi e senti muita coisa, tenho pena de não ter visto o Céu como o ressuscitado.

Excelente livro, José, parabéns.

Adenda em 2024.06.13

Obrigado à equipa do Sapo pelo destaque, o José da Xã merece.

22
Nov23

Correio do esquecimento

Pedro Oliveira

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Alegadamente, violada em 2006, em 2023, Anna exclama:

"Tu queres ver que fui violada e só agora, 17 anos depois, é que estou a aperceber-me do que aconteceu".

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Há certas notícias que tenho dificuldade em perceber.

(não li a notícia, só pela rama)

Mas uma mulher com quase 30 anos, não sabe distinguir entre uma relação sexual consentida e uma violação?

Só 17 anos depois é que surge a dúvida?

"Queres ver que fui violada e não me apercebi na altura?"

Mais vale tarde que nunca.

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