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encruzilhamento

encruzilhada, alheamento, espaço, tempo, momento

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23
Jul23

O dia seguinte, amanhã

Pedro Oliveira

Screenshot_2023-07-23-22-35-27-604-edit_com.google

Lembro-me deste filme como se o tivesse visto ontem.

Só o vi uma vez, num cinema em Braga, 1984.

Estava com uma camisa caqui, um lenço azul e branco no pescoço, uma faca de mato e uma bússola presas no cinto, umas calças de ganga Lois e uns ténis (sapatilhas) da Nike, a camisa tinha algumas coisas bordadas, 706, Santa Margarida, Portalegre e Castelo Branco, enfim, era a minha farda de escuteiro.

Lembro-me do João Maria dizer: "já parti esta merda"; ri, disse-lhe que era mesmo assim, a cadeira descia mas depois parava e ficava tudo bem.

Enfim, não queria falar sobre o filme nem sobre a minha desinteressante e borbulhenta adolescência.

O assunto é este, este "dia seguinte":

Screenshot_2023-07-23-21-51-56-474-edit_com.google

Atentem na segunda placa:

"Pago aos sábados das 9.00 às 13.00H"

Saio de casa, depois de uma semana cansativa, para conviver, estar com amigos e tenho o cuidado de dizer: "não contem comigo na sexta-feira para jantar, mas vou ter convosco no sábado".

"Vem cedo, então, no sábado só se paga estacionamento a partir das 9.00".

Saí de casa no sábado bastante cedo, 00.30, terei estacionado as 00.45, aproveitei as primeiras horas de sábado para conversar e conviver e quando me dirijo ao carro, cerca das 03.00 de sábado tinha sido rebocado.

Faz sentido?

Faz, se lermos a placa que fala sobre o estacionamento de segunda a sexta.

Mas afinal sábado é um dia diferenciado ou um prolongamento de sexta-feira?

Sugestão:

Estacionamento pago:

Segunda-feira: das 9.00 às 24.00.

Terça a sexta das: das 00.00 à 01.00 e das 9.00 às 24.00.

Sábados: das 00.00 à 01.00 e das 9.00 às 13.00.

Fica a ideia, para não andarem a roubar dinheiro a quem sai de casa num dia mas tem de se preocupar com aquilo que uma placa diz sobre o dia antes do dia em que a "infracção" foi cometida.

Escusado será dizer que me apeteceu praticar o "susto" do João Maria e partir aquela merda toda.

10
Jul23

Arrumando companhia

Pedro Oliveira

Arrumar é um conceito que cada um de nós interpreta de forma diferente.

Arrumar uma estante com livros é um outro nível deste conceito.

Onde arrumar um livro como o de José da Xã?

IMG_20230709_112804~2.jpg

Por enquanto vai ficar junto aos "realistas" russos, afinal o livro fala-nos de proletariado, de trabalho.

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Atrevo-me a perguntar aos dois ou três leitores que passam por aqui, o vosso ficou arrumado onde, qual a companhia?

07
Jul23

Setil loving you

Pedro Oliveira

Screenshot_2023-07-07-13-59-55-803-edit_com.miui.g

Um "post" da Ana D. nas ideias verdes (todas as ideias verdes são boas, se forem verdes e brancas, melhor) recordou-me uma história pouco conhecida dos Scorpions.

Numa viagem de comboio por Portugal, cheios de inspiração, estavam no concelho do Cartaxo, conhecido pelo seu carrascão tinto, na freguesia de Vale da Pedra (não estou a insinuar que estavam pedrados) e quando passavam na aldeia de Setil (lá está o desafio da Ana, palavras com til) criaram este sucesso:

"Setil loving you"

Screenshot_2023-07-07-14-03-58-930-edit_com.google

(não sei fazer "links" com o telemóvel mas vou estudar e hei-de aprender )

05
Jul23

Quatro desafios de leitura

Pedro Oliveira

IMG_20230704_095754.jpg

Escrever é um desafio mas ler, também.

Fui desafiado pelo meu amigo e colega de escrita no "És a Nossa Fé" a ler o livro do qual falarei mais abaixo.

Começo por agradecer a gentileza do envio gratuito e da dedicatória.

2023075585_112958.png

Óculos entalados nas orelhas, apoiados na cana do nariz e vamos a isto, 'bora lá, conhecer o Malquíades, o Elizário, o Valdemar e os quadros/pinturas de pendurar na parede.

Devo confessar que foi uma leitura agradável, o estilo de José da Xã (tcharam, era dele que estávamos a falar) recordou-me um autor, Erskine Caldwell, que li na minha longínqua juventude. As descrições, pormenorizadas, do espaço, o mesmo tipo de personagens, o homem comum, o homem na sua circunstância, como diria Gasset. 

202307575_112907.png

Um livro que se lê bem, que nos faz sorrir, que nos faz fazer contas, a idade do Elizário, o serviço militar em 1974, bateu tudo certo, José, estás de parabéns, que nos faz pensar na vida como ela é, coisas simples e complexas ao mesmo tempo.

Apercebemo-nos que não foi um livro escrito de seguida, não são contos estruturados mas é um conjunto de textos que se deixa ler de forma homogénea, descontraída e que quando terminamos nos faz exclamar: já!

As maiores felicidades para o José e que venha o próximo, o próximo livro e o próximo campeonato para o nosso Sporting.

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