Quando duas não valem uma

Refiro-me às tradutoras e à tradução.
Recordo um texto do Vasco há uma dúzia de anos.

A edição em francês diz: "Bem-vindos" não é preciso traduzir nada, é só não estragar.

Ok, era pedir muito.
Maria José Pereira e Paula Caetano decidiram que a expressão portuguesa "bem-vindos" significa: "chegámos"; será por terem chegado aos 50 deputados? Será que não chega traduzirem o necessário sem inventar?

Outro exemplo na mesma página.

"Galera fenícia a raiar no horizonte" isto significa o quê em português?
No mar a raia nada, no horizonte os raios de Sol iluminam mas as raias não raiam e as galeras fenícias também não.
Ora vejamos o que está na versão francesa:

Galere phénicienne droit devant!
Eu traduzia assim: galera fenícia à nossa frente.
Estudei sempre no ensino público (no milénio passado) e tive sete anos de língua francesa (mais tarde fui professor de francês) no 11° ano tive uma disciplina que se chamava: "Técnicas de tradução de francês", obviamente, não serei a pessoa mais habilitada para falar sobre traduções, contudo, arrisco dizer que o importante é traduzir a ideia do autor, não inventar e ser o mais simples possível.
Os leitores do Astérix não querem (eu não quero) complicações, querem sorrir, talvez, rir e passarem um bom bocado, queremos ser bem-vindos e olhar em frente não queremos chegar e raiar no horizonte.
O José da Xã queixa-se da tradução dos nomes, provavelmente, escreverei sobre o tema.
A Maria Dulce alerta para o "que se perdeu" na tradução, infelizmente, "ganhou-se", também, muito. As tradutoras inventaram um livro diferente, o que é mau.
Voltarei a este tema















